Nossa Senhora Maria Peregrina
Maria Peregrina é um título mariano exclusivo desta comunidade. Para isso, a Igreja Particular da Diocese de Barretos, sob o pastoreio do então bispo diocesano Dom Antônio Gaspar, autorizou temporariamente em 2001 a devoção à Maria, Mãe de Deus, com o título de Nossa Senhora Maria Peregrina do Eterno de Pentecostes; que inclusive obteve o parecer teológico do Prof. Dr. Clodovis Boff, uns dos mais renomados mariólogos do mundo.
A autorização canônica e definitiva da devoção à imagem de N. Sra. Maria Peregrina aconteceu em 10 de dezembro de 2018 pelo bispo da diocese de Barretos, Dom Milton Kenan.
Nossa Senhora Maria Peregrina do Fogo Eterno de Pentecostes veio visitar nossa comunidade em 1998. O fato é que Maria Peregrina propôs uma missão inusitada: o serviço antes da devoção. Desde 1998 a relação mística com N. Sra. Maria Peregrina se deu no serviço evangelizador na educação e formação de crianças, jovens e adultos (família).
A primeira experiência se deu numa pergunta: qual seria o nome da comunidade que estávamos fundando? Em meados do ano de 1998, o jovem Max Lopes Wada e sua irmã Mildren Lopes Wada, líderes da banda católica Maranata 2000, comandaram uma missão na cidade de Guaíra. Essa missão aconteceu nos meses de julho e agosto de 1998. Ela se deu no tempo em que o projeto evangelizador da Igreja no Brasil sugeria missões populares. Entretanto, em março de 1998, os irmãos Max Wada, Mildren e outros jovens começaram a preparar a missão popular pedindo a Deus uma intervenção para montarem o plano de ação. A resposta divina foi a missão com novo ardor espiritual, com novas estruturas e criatividade na evangelização. Esses jovens coordenados por Max Wada já atuavam na liderança da Renovação Carismática Católica de Guaíra, bem como em várias dioceses do Estado de São Paulo na pregação de encontros de formação para servos (líderes), formação de músicos católicos e shows evangelizadores.
Diante disso, a missão popular com o tema “Levanta-te, Deus está com saudades de ti!”, balançou toda a população de Guaíra, levando muitos jovens e famílias inteiras à experiência em Jesus Cristo. Houve muitos frutos, com a graça de Deus. Porém, o maior foi o pedido do então bispo local, Dom Pedro Fré, que a missão não parasse, ainda que necessário fosse fundar uma associação missionária. Durante todo o segundo semestre de 1998, a equipe de Max Wada, recém-formado em Direito, trabalhou fortemente para a consecução jurídica de uma associação missionária.
Então, na primeira semana de dezembro de 1998, chegou o momento em que precisavam dar um nome para a associação missionária. Numa reunião semanal à noite, foram apresentadas várias propostas de nome: associação missionária Santa Cruz, Jesus é o Senhor, Cruz Santa... Diante disso, o coordenador Max interveio e disse que havia confusão de nomes, eram muitas as propostas, e que era preciso deixar a escolha para outro dia. Assim podiam rezar mais a fim de Deus intervir na intenção do nome. E aconteceu!
Naquela mesma noite ao chegar em casa a senhora Dalva, tia de Max e Mildren, se preparava para repousar exatamente às 22h, quando foi tomada por uma experiência mística em que apareceu Maria, a Mãe de Jesus. Nossa Senhora se apresentou à Dalva como uma mulher simples, com vestimenta de serviço doméstico, dizendo que estava à frente da árdua missão da nova associação. Orientou que deveríamos avançar para a evangelização sem receios, pois ela estava junto conosco. Diante disso, se apresentou como Maria Peregrina, um título pouco devotado no Brasil.
Peregrina foi um sobrenome que indicava a meta da missão: peregrinar de pessoa em pessoa, de história em história. Um conceito forte de fé e de evangelização. Assim o nome da associação missionária estava completo: Associação Missionária Maria Peregrina. Um fato importante a destacar é o título “Fogo Eterno de Pentecostes”, acrescentado pelo fundador Max Wada. Ele percebeu que a manifestação mística de Maria Peregrina continuava nos atos do cotidiano. “Maria Peregrina não se manifestou num só momento, ela se manifesta no dia a dia. Sua aparição é como ela, peregrina. Peregrina em todos os momentos, lugares e situações em que sofre o ser humano” (Max Wada).
Foi assim que o fundador viu a mão de Maria nas manifestações pentecostais que havia nas orações, formações e missão dos membros da associação Maria Peregrina. E acrescentou a dimensão de Pentecostes. Além disso, percebeu nas leituras e devoção por São João 23 um sinal claro da intercessão deste santo à comunidade. Por isso, a imagem traz em sua base a presença de São João 23.
Estavam formados então o nome e o propósito deste novo grupo de jovens que se tornou uma nova comunidade: Missões Maria Peregrina. É comum numa experiência mariana a manifestação de devoções do respectivo título da Mãe de Deus. Devoções como novenas próprias, terços específicos, diário espiritual de vida de santidade, locuções proféticas, jaculatórias e orações de cura. A proposta de N. Sra. Maria Peregrina desde sua manifestação se concentrou primeiramente no trabalho de formação. A espiritualidade Maria Peregrina está na peregrinação de pessoas em pessoas, de criança em criança, família em família. Como uma empregada doméstica o serviço diário em favor do ser humano faz a espiritualidade Maria Peregrina. Porém, essa espiritualidade se rege pela vida de oração intensa, uma vez que um dos “pulmões” do serviço é a figura de Maria, irmã de Marta, que se ajoelhou aos pés de Jesus em oração. Diante disso, há sim terços, consagrações, jaculatórias, novenas e demais expressões de oração em razão a N. Sra. Maria Peregrina. A oração na espiritualidade Maria Peregrina é a mãe da ação (serviço).